sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Platonismo musical?

Por vezes penso que a minha forma de avaliar a música é preguiçosa. Que a música que gosto é aquela que se aproxima meia dúzia de melodias que trago guardadas algures na dispensa do inconsciente, construídas com elementos de algumas músicas que provavelmente ouvi quando era novo. Uma música boa é aquela que reúne elementos destas melodias, digamos, arquetípicas, rearranjando-as de modo a parecer uma coisa nova. E sensação de descoberta de uma nova boa música será, afinal, um recordar. Filosoficamente, isto seria uma espécie de "platonismo musical", não é?
Para combater a preguiça, suponho que a receita passe por ouvir música experimental, música do mundo, e sons naturais, e sobretudo, não ouvir música da categoria indie, especialmente a mais recente, que essa malta conquista-me que nem uma fábrica de reciclagem.

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